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17 setembro, 2015

Crown of Midnight, da Sarah J. Maas.

Throne of Glass #2: Crown of Midnight

Autor(a): Sarah J. Maas
Editora: Bloomsbury USA Childrens
Ano: 2013
Paginas: 418
IBSN: 1619630621 
Livros da Série: #1
Titulo no Brasil: Coroa da Meia-Noite
Inglês nível: A2
no goodreads e no skoob.
(contém spoilers do livro anterior.)

Depois de quase morrer umas quarenta vezes e dar de cara com coisas e situações que ela certamente não esperava se deparar no meio do castelo real, Celaena Sardothien se tornou a Campeã do rei e se livrou do prospecto de retornar para cumprir sua sentença em Endovier. 

Apesar de seu trabalho para o rei se iniciar imediatamente após a garota se recuperar da batalha que lhe resultou seu novo título, fica bem óbvio e bem rápido que trabalhar para o rei é uma coisa e ser leal a ele é outra bem, mas bem diferente.


“But death was her curse and her gift, and death had been her good friend these long, long years.” 

Preciso admitir que quando as pessoa diziam que os livros da Maas ficavam melhores com o passar dos volumes, tudo o que esperava é que eles ficassem ali na mesma mesma média que o primeiro volume. Sabe como é, o primeiro já tinha sido muito bom mesmo, quão "muito melhor" o segundo poderia ser? Certo? Er... Não.

Em Crown of Midnight a história toma novos rumos e expande de uma forma que eu não esperava nem em um milhão de anos. Isso porque em Throne of Glass os elementos característicos de um livro de high fantasy (ainda não sei qual o equivalente para esse subgenero em português! Fantasia Épica? Vai saber!) estão lá, mas são moderados. O tamanho e as condições do mundo dessa história é limitado, visto que o primeiro livro da série acontece inteirinho dentro de um castelo cercado por muros altos e guardas a postos. 

A magia Fae, banida anos e anos atrás, ganha força e aparece cada vez mais no decorrer da história. Lá na resenha de Throne of Glass eu divaguei um pouquinho sobre como soava estranho que um mero mortal como o Rei tivesse sido capaz de erradicar toda a magia de mais de um continente, levando-o a conquistar mais e mais terras e territórios. Pois bem, em Crown of Midnight (que vou passar a chamar de CofM por motivos de: preguiça) alguns dos questionamentos que acompanham essa questão tem suas respostas não expostas, mas insinuadas. E mano se essas insinuações não me chocaram.

“Then Celaena and the King of Adarlan smiled at each other, and it was the most terrifying thing Dorian had ever seen.” 

Celaena me irritou em alguns determinados momentos, graças a cabeça dura dela. A garota é uma verdadeira kick-ass, no entanto ela tem uma ou duas coisinhas a aprender sobre perdoar e ser perdoada. Nesse volume, mesmo que ainda tenhamos o humor sarcástico característico da personagem, Celaena se torna bem mais obscura, séria e perigosa, com direito a cenas de ação ainda mais descritiva e agressivas. Aparentemente até a maior assassina de Adarlan tem seu limite e em CofM Celeana está a beira da combustão.

“If they wanted Adarlan's Assassin, they'd get her.
And Wyrd help them when she arrived.” 

Diversas decisões mal pensadas (ou não levadas em consideração de forma geral) são tomadas, o que levam a problemas que tem tudo para alterar o futuro da série lá na frente. Como consequência, confianças são quebradas quando tão poucas haviam sido estabelecidas em primeiro lugar.  Como disse antes, as questões politicas estão muito mais presentes nesse volume da série. Toda política tem mais de um lado, tem oposição. Em CofM nós conhecemos outros lados e outras possibilidades.

O plot twist no final não foi um que me surpreendeu, só que eu demorei um tempo para aceitar que aquilo era aquilo mesmo. Ugh, detesto ser vaga, mas estou tentando maneirar nos spoilers. O fato é que apesar de ter sido algo que passou pela minha mente em Trono de Vidro, acreditei que talvez Sarah fosse tomar um rumo diferente. Meio que torci que ela tomasse um rumo um pouco diferente. As coisas serem do jeito que elas são reveladas ser parece muito conveniente. Dito isso, vou admitir que os caminhos que Maas decidiu tomar são os que fazem mais sentido, o que só ressalta o fato de que essa é uma série que parece ter sido muito bem esboçada, desenhada. As páginas vão passando e em dados momentos parece muito que o quebra-cabeça que a mulher colocou em nossa frente aos poucos começa a fazer sentido. Sabe quando você consegue encaixar as bordinhas?

Claro que não podia deixar de comentar o romance, e para este só tem uma coisa que eu posso dizer: LET'S GET IT ON, OOOOOHHHHH, hahahaha. Eu provavelmente deveria dizer qual a situação do triangulo amoroso, como vão Chaol e Dorian, com qual dos dois acontece a primeira cena picante da série, mas meus lábios estão selados, galera.

“What does that mean?" he demanded.
She smiled sadly. "You'll figure it out. And when you do..." She shook her head, knowing she shouldn't say it, but doing it anyway. "When you do, I want you to remember that it wouldn't have made any difference to me. It's never made any difference to me when it came to you. I’d still pick you. I’ll always pick you.” 

Não mas falando sério. Eu não posso falar nada sobre nenhum desses dois porque eles são quase spoilers. Os dois sofrem grandes mudanças, vou dizer isso. Mudanças nível alteraram a vida de ambos para o resto da vida, mudanças.

Outra vez foi uma leitura que exigiu bastante de mim e da minha pobre atenção. Geralmente quando eu não termino um livro depois de três ou quatro dias eu já começo a surtar automaticamente, mas com CofM foi bem o oposto. Esse é, sim, um livro que exige mais do leitor do que seu antecessor, dado que muita coisa acontece em um espaço de tempo mais curto e o leitor tende a precisar de um minuto para respirar e colocar os pensamentos em ordem. Portanto se você está procurando algo rápido de ser lido e retomar essa série parece ser uma boa ideia, saiba que essa pode não ser uma decisão muito inteligente. 

Agora, como você conseguiu não ler um livro dessa série atrás do outro é o verdadeiro mistério aqui.


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